sexta-feira, 3 de maio de 2013

Estou partindo. Aos poucos. Sem que você perceba. E essa é a pior parte. Estou escorrendo por entre seus dedos e você não vê. E me dói não poder fazer nada, não poder jogar na sua cara: "ei, tá me perdendo, não tá vendo não?" E ao mesmo tempo me pergunto se você enxerga mas finge que não vê ou se você é absurdamente tonto e eu só pude perceber isso agora. Será que vou ter que ficar o tempo todo te ensinando como fazer, como levar nosso relacionamento? Tô namorando uma pessoa ou um fantoche? Começo a ter dúvidas... Minha cabeça se enchem de perguntas que eu não posso responder, nem você. Acho que estou me cansando, de você, de mim, de nós. Sinto que preciso me afastar. Mas será que seria certo? Talvez assim você escorresse por entre meu dedos também. E ao contrário de você, eu perceberia isso e faria o impossível pra reverter. E, apesar de tudo isso, te perder é minha última alternativa. Prefiro dar o sangue pra ver a gente crescer, pra te ver amadurecer e ver nosso relacionamento, enfim, engatar. Deixar de se verde, para ser maduro. Nada pode passar do verde para o podre sem antes amadurecer, porque teríamos que ser assim? Não, não seremos. De forma nenhuma! Chegamos até aqui e iremos continuar. Só espero que você valorize enquanto me tem e sinta o peso de que não me tem pra sempre. Você pode me perder, ou não. É tudo questão de escolha. Uma escolha sua.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Pra quem eu agradeço?


A gente se machuca, e acaba machucando terceiros, mesmo que sem intenção. E sabe o que eu acho lindo nisso tudo? É ver o quanto uma pessoa pode se importar contigo, se colocar no teu olhar e tremer ao pensar que algo de ruim conseguiu te atingir. E acho que amor é isso, se preocupar, pensar no teu bem, se colocar no seu lugar, sentir tua dor contigo e jamais apontar um dedo na sua cara pra te julgar. Amar é continuar do teu lado, sendo teu chão, apoio, ponto de fuga. E amar, acima disso, é ver tudo isso nele e não querer soltar mais, porque é ali que você se sente segura, se sente amada, e é ali que você quer ficar. E o melhor de tudo, é que quem foi presenteada com esse anjo fui eu. Pra quem eu agradeço mesmo?

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Gostar de alguém / O teu sorriso

Gostar de alguém. Questão de tempo, atenção, forma de ser tratado. É. Não depende de mim ou de você, depende de nós. Requer igualdade, reciprocidade e muito companheirismo. E talvez por isso eu tenha me apaixonado por você. Porque você é tudo isso e talvez, até um pouquinho mais. E eu gosto disso! Gosto do seu jeito meio desapegado, a forma como você me confia os teus segredos e até como você compartilha comigo tudo que aconteceu durante o seu dia, o quanto ele foi tedioso ou quantas coisas boas lhe aconteceram. E você me conta tudo isso rindo, e me faz rir também. Porque te ver sorrir é sinônimo de me fazer sorrir. Me contagia, me anima, transforma meu dia. Bem que dizem que o sorriso tem poderes né? O seu é o mais poderoso dentre todos. Enfim, gosto do seu sorriso. (sério?) Também gosto de ouvir você me contando o quanto a situação entre seus pais tá complicada, e o quanto isso te machuca. Não que eu goste disso, não. Gosto apenas do fato de saber que você confia em mim pra compartilhar isso comigo. E preciso dizer que eu não gosto nada nada de ver o seu sorriso sumindo assim do seu rosto. E isso me machuca. Porque gostar de alguém faz isso, coloca o outro dentro da gente. E o que ele sente, a gente sente também. Além de que um sorriso tão lindo, não pode se esconder assim. Enfim, comecei falando de gostar de você e parei falando do teu sorriso. Alguma relação? Todas! Foi esse sorriso lindo, tantas vezes exagerado, tantas vezes acanhado, que me fez ficar assim, tão vidrada. É. Se eu pudesse, passaria um, dois, três dias, um ano, uma vida inteira olhando pra ele, olhando você sorrir sem limites e vendo seu sorriso acanhar ao me ver parada e completamente perdida nele.
Agora chega! Porque falar do teu sorriso e do quanto eu gosto de você, fez a saudade apertar. Me espera aí que estou chegando, preciso te ver!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

"Tô de partida..."


Passo cada segundo do meu dia me jurando ser indiferente com você. Você fala comigo, eu cumpro a promessa. Você não entende, pergunta se eu tô chateada e o que aconteceu. Respondo que não foi nada. E penso: “só tô cansada de você, de nós, de tudo isso. Tô de partida, malas feitas, mesmo você não acreditando.” Pra não me cansar mais ainda, paro no 'Não foi nada'. E você sai, irritado e com um "tchau" que eu odeio mais que tudo. Mas já não importa, tchau pra você também. Afinal, nada pode ser mais difícil do que ficar na situação que eu tô a tanto tempo. Ser indiferente vai ser fácil. Dor é normal, se não for forte, eu já nem sinto mais. Sempre te tratei melhor que todos os outros, e o que você faz que te torna melhor que eles? Seguindo essa lógica, teria o direito de te tratar até mal. Mas não sou assim, uma pena. Acontece que agora eu não dou mais o meu melhor pra quem me tão dá pouco. Não corro mais atrás de quem não dá um passo por mim. Não faço questão de alguém que sabe que eu tô louca de saudades e não move um dedo pra me ver, vem apenas numa droga de bate-papo e fala "E ai". Te acostumei muito mal, mas agora vou desacostumar. Porque meu medo de ter perder, se transformou em objetivo, então nada me prende. E se ir te matando aos poucos levar um pedaço de mim, que leve. Porque a dor de você na minha vida me afeta inteira e isso eu não aguento mais. 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Meu mistério


Me entender é para poucos. Tem que ser pelo coração, e tem que ser com a minha permissão. Não me esforço nem um pouco para fazer sentido. Gosto da dúvida, de nem eu mesma saber meu próximo passo. O que eu mais quero agora pode durar algumas horas, alguns anos, quem sabe? Só me explico pra mim mesma, e, ainda assim, não me entendo. Quem sou eu? O que eu quero da vida? O que eu tanto espero das pessoas? E o que eu desespero? Queria poder responder pelo menos uma pergunta, facilitar minha vida, estar à frente de mim. Demoro muito tempo pra tomar uma decisão, mas aí eu posso afirmar: decisão tomada não tem volta. Talvez minha certeza seja não ter certeza, minha resposta seja não ter resposta. Talvez meu mistério, que eu sempre quis ter, seja exatamente esse: ser um ponto de interrogação junto a uma exclamação. Falo sobre mim, meus amores e desamores com desconhecidos, sem tabus, sem problemas. Conto meus sonhos, minhas histórias, minhas ideologias. Aí me lembro que não tô sendo nada misteriosa, mas já foi, sou mais rápida que isso. Só que, veja bem, mistério é muito relativo, muito pessoal. E, mesmo contando minha vida pra uma amiga ou um cara no bar, eu sou o mistério de ser hoje e só. Amanhã, já sou outra, nem eu me reconheço e então, recomeço.